domingo, 13 de julho de 2014

INTERSTÍCIO DE UM SEGUNDO PORVIR

Ontem recebi-te nas minhas mãos
E os meus olhos perderam-se na exuberância da tua paixão
Quis tocar-te, e cada palavra tremeu a minha razão
E a distância doeu, no emaranhado, na recordação
Ontem lembrei-te, envolto no hiato
Arrasta-se o desejo vivido
Agora perdido nesse interstício
Em que te não vejo, em que te sinto
Nessas parcas palavras em papel desbotado
Espera-me o tempo, no hoje, no amanhã
Em que peço ao momento um segundo do porvir
E de olhos cercados resguardo da chuva
A incerteza de te voltar a tocar, usar... de te Amar...

(meu)


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