Sinto… num instante poetizado
Esse desejo, sem pudor,
Com que me penetras a alma
Desprendida, no acordar…
Ainda perdida no despertar, mercê das tuas mãos.
Sinto… um ardor afagador
Que me abrasa , lento, explorador,
Que me entesa cada nervo,
Desdobra cada prega, e dolente na avidez
Me traça o entendimento, cruzando o sonho,
Exorcizando a moral, conjurando o apelo
Ao teu toque, do teu corpo, dos teus segredos
Ímpetos guiados e sussurrados…
Ah! Perdida… Quero-te!
Tacto… luxúria e sons… sinto!
Inflamados todos os sentidos…
Enreda-me o cheiro da tua pele…
Enrija-me o sal do teu suor…
“Olha-me!”, chega-me o som… oiço!
E olho… sofreguidão na asserção!
(meu)
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